I SUD - pornografia on-line

A PORNOGRAFIA ON-LINE EM UTAH

Um estudo realizado por Benjamin Edelman, chamado “Estados Republicanos: quem compra diversão adulta Online?” foi publicado no periódico Journal of Economic Perspectives

Este estudo revela que os estados com população mais conservadora têm maior número de assinantes de serviços pornográficos via internet. – veja o original AQUI.

Ainda, o estado com o maior número de assinaturas de material pornográfico é Utah: assinaturas de pornografia por 1000 pessoas, as assinaturas caseiras por 1.000 usuários de internet , e assinaturas por 1000 usuários de internet banda larga (1.69/2.49/5.47) são os campeões da nação. Na revista New Scientist  pode ser lido o resumo deste estudo.

De acordo com o artigo no Deseret News, Edelman também identificou os CEPs de Utah onde ocorre maior número de acessos à sites pornográficos: 84766 no condado Sevier, 84112 no condado Salt Lake, 84018 no condado Morgan, 84006 no sudoeste do condado Salt Lake, e 84536 no condado San Juan. (Veja aqui um mapa dos condados de Utah)

A RESPORTA DE UM MÓRMON (veja o original AQUI):

“As pessoas tendem a atribuir este fato à hipocrisia e à repressão sexual entre os conservadores e religiosos, especialmente aos Santos dos Últimos Dias.

Mas olhemos um pouco mais a questão antes de chegarmos à essa conclusão. Existem outros fatores que poderiam estar contribuindo para essa tendência?

Por exemplo, em Utah existem bem menos locais para venda de material pornográfico do que em outros lugares. Lembremo-nos também que Utah não é mais um estado composto principalmente por membros da Igreja SUD. Existe uma significativa população que não é mórmon, alguns dos quais podem aceitar melhor este material que os seus vizinhos religiosos.

Assim, com menos locais para a compra de material pornográfico, essas pessoas procurariam muito mais este material adulto em fontes online do que os estados mais permissivos.

Novamente, Utah não tem necessariamente o mesmo número de membros ativos e de membros que são dignos de entrar no templo. Este estudo também não faz distinção entre membros da igreja ativos, menos ativos, e inativos. 

Até que seja mostrada a relação entre os membros ativos que tem recomendação para o templo e que pagam pela pornografia on-line com que qualquer outro grupo, devemos ter cuidado com as conclusões deste tipo de estudo.”


COMENTÁRIOS:

Será que realmente precisamos esperar um estudo que mostre quantos membros ativos, que frequentam o templo, fazem uso de pornografia on-line? E pergunto: este tipo de estudo seria possível?

Faço esse questionamento porque, uma vez que um mórmon admita usar pornografia on-line, ele perderia não apenas sua recomendação para o templo, mas seu cargo ou mesmo poderia ser desassociado ou excomungado da igreja.

Um artigo de 2005 no The Salt LakeTribune  mostrou que cerca de 62% da população de Utah é composta de mórmons e cerca de 42% são membros ativos da igreja.

Certamente não podemos concluir que os mórmons ativos  sejam os que mais usam pornografia da Internet no país, mas podemos concluir que eles estão longe de não usarem e - de fato – nem um pouco abaixo do uso de pornografia dos não mórmons, como eles afirmam. 

Se assim fosse, os não-mórmons de Utah (cerca de 40%) deveriam usar a pornografia on-line de forma tão maciça, a ponto de superaremTODOS os outros estados do país! 


Mais uma consideração: o estudo levou em conta os assinantes, e não os que visitam páginas gratuitas de material pornográfico. Certamente, o número seria bem diferente!

Devemos considerar que, especificamente para os mórmons, qualquer leitura, estudo ou mesmo pensamento sobre sexo é considerado pecado. 

O ato sexual só é permitido após o casamento, mas de uma maneira comedida. O uso de qualquer material pornográfico é altamente condenável, qualquer que seja a situação do membro da igreja.

Pior, o que era pecado até ontem (mesmo em pensamento), hoje, após o casamento, deixa de ser pecado!!!

Por esses motivos, há uma extrema falta de conversa e informação sobre intimidade e sexualidade. Entre os casais, não há educação sexual, e muitas vezes eles não entendem os prazeres decorrentes da intimidade, não compreendem as diferenças das necessidades emocionais e fisiológicas entre ambos. Certamente isso gera muita confusão, e mais culpa. 

Em decorrência desta repressão sexual, não é difícil casais demorarem até anos para se ajustarem à vida sexual, se o casamento resistir por todo esse período.

Os filhos desses casais certamente sofrerão com os mesmos problemas. Ao invés de conversarem, ensinarem e mostrarem-se abertos à toda e qualquer questão relativa à sexo, os pais não falam sobre isso – e quando falam, afirmam que mesmo o pensamento sobre sexo é pecado. Assim, algumas crianças buscam outras fontes para matar suas curiosidades.

Quando tais atitudes mudarem, quando os mórmons aceitarem que falar e ensinar com seriedade sobre a sexualidade humana é o melhor caminho, sem jamais referir-se à ela como ‘ruim, suja ou pecaminosa’, talvez esse quadro de uso de pornografia se inverta. Talvez.


 REPORTAGENS:

IdgNow

internet
Mídia Digital

Estados conservadores dos EUA são os que compram mais pornografia

Por Redação do IDG Now!

Publicada em 02 de março de 2009 às 17h15
Atualizada em 05 de março de 2009 às 10h44

São Paulo - Entre os 10 Estados que têm maior número de assinantes de conteúdo adulto, 6 são conservadores e religiosos, aponta pesquisa.

Os Estados mais conservadores e religiosos dos Estados Unidos são os maiores consumidores de pornografia online, informou o pesquisador Benjamin Edelman, da Escola de Negócios de Harvard, na sexta-feira (27/02). Ele captou recibos anônimos de cartões de crédito de um dos maiores provedores de conteúdo adulto da internet e descobriu uma pequena variação no consumo conforme a região.

Edelman afirma que as pessoas que se declaram mais insultadas são justamente as que consomem muito do que as "ofendem". A empresa que colaborou com a pesquisa de Edelman hospeda 12 sites de pornografia. Ela forneceu o número do CEP e a data de compras feitas em seus sites entre 2006 e 2008.

O Estado que mais consome pornografia online nos EUA é Utah, com 5,47 assinantes de conteúdo adulto para cada mil habitantes. O último colocado é Montana, com 1,92 assinantes por mil habitantes.

No geral, residentes dos 27 Estados que baniram a proposta de legalizar casamentos gays possuem 11% mais assinantes de pornografia online do que os Estados sem restrições explícitas à união homossexual.

Os residentes que concordam com a declaração "eu tenho valores antigos sobre família e casamento", tiveram registradas, em média, 3,6 mais compras por mil habitantes que os que não concordam com a frase.


Outros links:

Em português:
http://blogs.abril.com.br/blogdojj/2009/03/os-mais-conservadores-religiosos-acessam-mais-pornografia-na-web.html


Em inglês:




http://timesandseasons.org/index.php/2009/03/are-mormons-crazy-for-porn/