RACISMO - negação

UM NEGRO NEGANDO O PASSADO


Após várias postagens sobre a discriminação racial dentro da igreja mórmon, convido-os à lerem este discurso feito por Marcus H. Martins. Os trechos que contém falsas afirmações e contradições, de acordo com o que já foi postado, foram marcados em negrito. 


Neste texto contémpartes de uma tradução da palestra gravada nos estúdios da BYU-TV em 12 de junho de 2001 e transmitida ao longo do mês de setembro de 2001.




Marcus H. Martins é Chefe do Departamento de Educação Religiosa da Brigham Young University – Havaii, e filho do brasileiro Helvécio Martins (foto), que foi membro do Segundo Quórum dos Setenta.

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“Todos Somos (Realmente) Iguais Perante Deus”


Reflexões pessoais sobre a revelação de 1978


"... O Profeta Joseph Smith advogou a proibição baseada em linhagem, mas não impediu que o irmão Elijah Abel, um membro negro, fosse ordenado Elder e Setenta em Kirtland, em 1836. Devo adicionar que o irmão Abel serviu três missões de tempo integral para a Igreja. Sabemos também com certeza que o dia no dia 4 de junho de 1879 o Presidente John Taylor ratificou a proibição baseando-se em grande parte no depoimento dos irmãos Zebedde Coltrin e Abraham Smoot.


"No dia 18 de agosto de 1900, o Presidente Lorenzo Snow declarou que não tinha certeza se as explicações existentes para a proibição tinham sido opiniões pessoais ou revelações. Isto é altamente significativo. Aqui temos um presidente da Igreja dizendo que ele não sabia se a proibição tinha sido simplesmente a conseqüência de opiniões pessoais.


"Nós também sabemos que em 1954 o Presidente David O. McKay pediu a um comitê composto de membros do Quórum dos Doze que estudasse o assunto, e o comitê concluiu que não havia nenhuma base doutrinária para a proibição.


 "...Todas essas informações são substanciadas por evidência documentária achada nos arquivos da Igreja e através de testemunhos confiáveis.


"... Comecemos, então, com a origem histórica precisa da proibição. Nós não sabemos com certeza quando a proibição do sacerdócio se originou, ou quando foi imposta pela primeira vez.



"Alguns autores SUD do final do século 19 e do início do século 20 sugeriram que a origem da proibição pode ser traçada a acontecimentos mencionados na Pérola de Grande Valor.


"Em resumo, nós não sabemos a origem histórica precisa da proibição, e as nossas escrituras não dizem nada a respeito. E o que elas dizem ainda dá margem a muitas outras interrogações. E nas escrituras nós não conseguimos indicar exatamente onde a proibição começou.



"... O Profeta Joseph nunca elaborou sobre o assunto. Nós não sabemos, por exemplo, se a sua declaração naquela época teve algo a ver com a escravidão, que era ainda legal na maior parte dos Estados Unidos. Era possível, ou pelo menos podemos conceber a possibilidade de que ele estava apenas tentando viver à lei do país, ou talvez tentando evitar maiores problemas para a Igreja.
 
"Mais uma vez, só temos a “resposta de três palavras”: Nós não sabemos. E o fato de não sabermos, abre a porta para todo tipo de perguntas sobre o assunto. 

"A hipótese de pré-existência consiste do seguinte:  No início do século 20 algumas pessoas argumentaram que a proibição fora imposta porque as pessoas da raça negra haviam sido menos valentes, ou menos fiéis, na existência pré-mortal. Mais uma vez, nós não encontramos quaisquer declarações proféticas estabelecendo tal idéia como uma nova doutrina, e ela também não são encontradas nas escrituras. Entretanto, nas mentes de membros da Igreja no início do século 20, esta hipótese fez sentido e um bom número de pessoas a aceitou como uma explicação válida, e alguns até escreveram em sua defesa.


"As pessoas têm direito à sua própria opinião. O povo dos Estados Unidos da América tem em sua constituição o direito de liberdade de expressão e consciência. Mas ter esse direito, não significa que opiniões pessoais automaticamente podem tornar-se doutrina, mesmo quando tais opiniões possam parecer lógicas numa certa época. Sabemos muito pouco sobre a pré-existência... Precisamos ter cuidado com o uso da linguagem.


"... Algumas pessoas argumentaram que a razão pela qual havia uma proibição antes de 1978 era porque antes de 1978, os homens da raça negra não estavam prontos para receber o sacerdócio. Outro grupo de pessoas veio com a explicação alternativa, dizendo que eram as pessoas da raça branca que não estavam prontas para ver os negros receber o sacerdócio.
 
"... Como qualquer pessoa poderia dizer que esses indivíduos não estavam prontos?  Nós não podemos dizer nada sobre quem estava pronto e quem não estava.



"Resumindo este ponto, nós não podemos dizer nada sobre o grau de preparação de pessoas que nós nunca conhecemos. Acreditar em falta de preparação para o sacerdócio pode ser um argumento suficiente para alguns indivíduos. Pode até trazer paz de consciência ou satisfação. Tudo bem. Mas a simples produção de paz e satisfação não torna uma declaração parte da doutrina verdadeira.


"Uma outra coisa sobre qual nada sabemos é o critério que nosso Pai Celestial usou para nossa pré-ordenação... No momento nada sabemos sobre tal organização.


“E novamente vos digo: Que todo homem estime a seu irmão como a si mesmo. Pois qual é o homem entre vós que, tendo doze filhos que o servem obedientemente e não faz acepção deles, diz a um: Veste-te com mantos e senta-te aqui; e ao outro: Veste-te com trapos e senta-te acolá... E, olhando para seus filhos, diria: Sou justo? Eis que isto vos dei como parábola e é como eu sou. Digo-vos: Sede um; e se não sois um, não sois meus”. (DeC 38: 25-27)


"... No passado algumas pessoas argumentaram: “Canaã foi amaldiçoada, e os negros são descendentes de Canaã;” (algo que não temos certeza) “portanto a eles foram negadas certas bênçãos”.


"Chamo sua atenção para o fato de que nas escrituras, provavelmente desde os dias do Antigo Testamento, nós encontramos o decreto que os filhos não receberão a punição reservada para os pais. Acreditamos que os homens serão punidos pelos seus próprios pecados, e não pela transgressão de Adão, ou Caim, ou de Canaã, ou de seja quem for...



"... Nenhum desses argumentos é suficiente para explicar a proibição... Por que houve uma proibição baseada em linhagem? Nós não sabemos...
 
"... Precisamos ter cuidado com problema de citações e interpretações errôneas disfarçadas como pronunciamentos oficiais feitos por líderes da Igreja... Nem tudo que soa grandioso, doce, ou poético, é necessariamente verdadeiro, muito menos doutrina. Precisamos ter cuidado com isso.


“... Esqueçam tudo o que eu disse, ou que o Presidente Brigham Young, ou quem quer que seja... disse no passado que seja contrário à revelação presente. Nós falamos com um entendimento limitado e sem luz e o conhecimento que agora chegou ao mundo. Não faz uma partícula de diferença o que qualquer pessoa tenha dito sobre este assunto antes do primeiro dia de junho deste ano, 1978... E quanto a quaisquer fagulhas de luz ou partículas de escuridão do passado, vamos deixá-las de lado”. (Elder Bruce R. McConkie – “All Are Alike Unto God”, publicado em Charge to Religious Educators, 1982, PP. 152-155)


"...Baseado nos argumentos alternativos que eu apresentei hoje, pode-se ver que tais argumentos não explicavam coisa alguma. Não vamos tentar perpetuar isso. Eu convidaria aqueles que estão distribuindo este tipo de informação a pararem de fazê-lo. 

"Convidaria autores, pelo menos aqueles que ainda estão vivos, a revisar seus escritos. Pediria que editores se recusassem a publicar quaisquer obras que contenham esta espécie de declarações. Sei que isto pode ser bem difícil, dado o número de livros que nós temos ao nosso redor. Mas não vale mais ter a verdade em vez de especulação?...


“Portanto a ninguém ordena que não participe de sua salvação... E convida todos a virem a ele e a participarem de sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher;... E todos são iguais perante Deus. Tanto judeus como gentios”. (2 Néfi 26: 24, 33)



"... Não há nenhuma razão para menosprezarmos quem quer que seja, e não há nenhuma razão para rejeitar ninguém... Usemos nossa influência para o bem. Vamos usar a influência que nós temos para ensinar aos outros que é errado menosprezarmos nossos irmãos e irmãs, que não importa a nossa aparência, a nossa nacionalidade, o idioma que falamos; não importa quanto dinheiro ganhamos, ou que classe social pertencemos... 


"Todos somos filhos de Deus, e a diferença que existe entre nós em renda e em conforto material, são diferenças criadas pelos homens, e essas não vêm do Senhor..."